Do: AFRACAVENIR
Não há anistia a qualquer genocídio
Genocídio alemão na Namíbia
Em 30 de setembro de 2011, o “Berlin Charité” restituiu 20 crânios humanos a uma delegação oficial da República da Namíbia.
Eles são uma fração dos muitos milhares de restos humanos de “Hererós e Namaquas” vítimas do genocídio perpetrado pelas tropas alemãs em 1904-1908, que foram contrabandeados para a Alemanha com o objetivo de provar teorias racistas.
O governo alemão – contra todas as regras diplomáticas – não recebeu oficialmente a delegação e o ministro namibiano da Juventude, Serviços Nacionais, Esporte e Cultura Kazenambo oficialmente-, rejeitou a participação em uma discussão no pódio em 28 de setembro de 2011 e causou um escândalo quando Ministro de Estado Cornelia Pieper omitiu reconhecer o genocídio e pediu desculpas por isso em nome da nação e do Estado alemães.
O tópico está intimamente relacionado com a questão da terra até então não resolvida na Namíbia, em que os descendentes das vítimas do genocídio alemão, cuja terra e gado foram expropriados pelos colonos (ugh) brancos, ainda hoje, em sua grande maioria, vivem na pobreza.
Em estreita cooperação com outras ONGs e grupos, a AfricAvenir formou uma aliança chamada “Não Anistia ao Genocídio” cujo objetivo é pressionar o governo alemão para finalmente reconhecer o assassinato sistemático do povo Herero e Namaqua como sendo: o primeiro genocídio do século XX.
Leia na íntegra: No Amnesty on Genocide
Leia também: Caxemira: Uma História de Conflitos