Os argelinos estão novamente em massa nas ruas. Eles se opõem ainda mais firmemente a uma nova candidatura de Abdelaziz Bouteflika.
Os jovens estão na linha de frente dos protestos e demonstram toda amargura e raiva. Eles dizem suas amarguras e raiva nas ruas de Argel.
Dezenas de milhares estão nas ruas durante o segundo grande dia de protestos para dizer “não” para um quinto mandato de Abdelaziz Bouteflika, presidente no cargo desde abril de 1999 ?
Sem dúvida, centenas de milhares em Argel, Oran, Constantine, Annaba, dezenas de milhares em cidades menores e presumivelmente, milhões em todo o país.
Nunca houve tantas pessoas nas ruas da Argélia, demonstram muita força e inspiram medo.
“O estado argelino deu demonstrações no passado que poderia controlar as ruas”, disse o primeiro-ministro Ahmed Ouyahia em uma entrevista coletiva em 2 de fevereiro. Ele estava errado.
Sua ameaça de controlar pela força, mal velada, não deteve as massas: os argelinos saíram em massa no dia 22 de fevereiro, e se rompem hoje.
É a rua e ela sozinha num movimento espontâneo e horizontal que agora toma o país.
Os partidos políticos são colocados de lado, o ronronar da mídia pública em todo o registro do governo, TV privada, generosamente alimentados por energia, continuar a servir a sua propaganda sem dizer comícios ligados entre si por mais de dez dias.
Os fatos são inéditos: três gerações estão unindo as mãos em uma campanha histórica:

RYAD KRAMDI AFP
*A geração dos anos pós-independência, “amargamente desapontada em frente a esse “rio sequestrado”, como disse o escritor Rachid Mimouni, no interesse exclusivo de clãs de plutocratas
*A de outubro de 1988, que arrebatou o pluralismo e a liberdade de expressão antes de vê-los sufocados
*Finalmente a dos anos 1980-1990, que não conhecia nada além da violência mortal do fundamentalismo islamita e do reinado de Abdelaziz
Daremos tempo para entendermos a decorrência deste movimento na Argélia. Nos próximos dias teremos os resultados e a ideologia a conquistar as consciências, antes, assistiremos com cautela.
Leia na íntegra: ALGÉRIE. DES MARCHES PACIFIQUES ET DIGNES À TRAVERS TOUT LE PAYS
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