Por villorblue:
Se levarmos em consideração as últimas declarações de dois candidatos a presidência dos EUA, e entendermos as notícias que correm mundo nos jornalões em suas seções internacionais, conseguiremos antever alguns atos/compromissos que, tanto um como outro terão que assumir após se eleger.
Em fevereiro de 2016, Julian Assange: O fundador da portal Wikileaks Julian Assange, se manifestou nesta terça-feira (9) contra a pré-candidatura de Hillary Clinton à presidência dos Estados Unidos, por considerar que a candidata democrata é favorável a uma “guerra estúpida e sem final”.
Em fevereiro de 2016 Donald Trump: Nos EUA tem muita gente ruim, que não presta (segundo Donald, imigrantes latinos são geralmente traficantes de drogas e estupradores). Construirei um muro entre México e EUA que será pago pelos mexicanos e deportaremos 11 milhões de imigrantes dos EUA, quinze mil por dia.
Baseado nas promessas de governo e as utilizando como pilares, o que podemos entender sobre o que é bom e o que ruim para as massas? Um nacionalista da industria da construção, ou uma internacionalista da industria da guerra ?
O jornalista chileno e analista internacional Pablo Jofré alerta que; com Hillary Clinton na presidência dos EUA, se manteria uma agenda de “ações desestabilizadoras” em toda América Latina.
O presidente do “Banco do México” declarou ao jornal ‘La Jornada’, que, caso as eleições sejam vencidas por Donald, o Banco do México já teria um plano de contingência e Trump presidente seria para a economia do México o mesmo que um furacão mais poderoso de categoria nível cinco e que para a nação, melhor seria Clinton.
A Forbes Brasil, em 03/11/2016 anuncia pesquisa em que: 76% dos brasileiros preferem Hillary Clinton em vez de Donald Trump, o que vai contra opiniões de russos (33% preferem Donald e 11% preferem Hillary) e chineses (44% preferem Trump) isso num panorama, mais ou menos internacional, agora, vejamos o que estas preferências entre um e outra significam.
Existem atualmente residindo ilegal ou legalmente, nos EUA próximo a 1.200.000 de brasileiros (eles pagam para atravessar o deserto guiados por coiotes, R$ 40.000,00, numa viagem a pé que pode durar mais de uma semana), tratando-se de mexicanos, este número pula para 10, 15 vezes mais, não se tem como saber, estima-se que perto a 30.000.000 de mexicanos residam atualmente nos EUA (legal e ilegalmente) em condições difíceis de serem analisadas. O que fica fácil imaginar 28/30.000.000 de mexicanos terem que retornar ao país de origem, numa economia já bastante debilitada como a mexicana e mundial, devido a crise internacional do capital. Por isso a grande preocupação do banco central mexicano. O que seria óbvio, mais de 20 milhões de mexicanos retornando ao méxico em 4 anos seria algo impensável.
E para o resto do mundo o que representa os dois candidatos?
Justamente esta polarização, é que define; quem apoia quem nesta corrida presidencial estadunidense. Hillary representa o establishment da indústria da guerra, para o sociólogo Felippe Ramos, (Hillary transita entre duas contradições. “A candidata democrata está mais próxima da indústria bélica militar, portanto mais propensa a soluções militaristas).
Já Trump representa as grandes corporações de construtoras, Nova Iorque começa a ser destino de turismo de luxo com ele, (a partir da compra do ‘hotel Commodore’), sua imagem de tirano foi construída a partir de suas apresentações no programa estadunidense “O aprendiz”. Em sua mania de grandeza chegou ao cúmulo de processar o Deutsche Bank alemão, por ter recusado a emprestar-lhe dinheiro para um projeto imobiliário em Chicago. Quer uma prova ? Quem irá construir um muro na divisa estadunidense ? Quem ameaça e enviará a conta para o México ? Um muro deste custará dezenas de bilhões de dólares, são mais de 3Mil kilometros de divisa entre os dois países, multiplique 3Mil lineares por dez de altura (esta é a alura padrão em muros deste tipo) são 30Mil metros quadrados. Multiplique pelo preço da construção por metro quadrado e terá o valor desta obra, também verá que dezenas de bilhões de dólares não é nenhum exagero.
Qual é melhor ou pior para o Brasil? Se pensarmos em termos práticos, nenhum dos dois. Cinton representa todos os golpes e ingerências que os Estados Unidos fomentam no mundo desde o início do século 20. Aravés de intervenções militares, ou submissão de governos corruptos no planeta (ditaduras militares ou civis na década de 50/60/70/80, acordos como o MEC/USAID e o Consenso de Washington exclusivos ao Brasil, e tantos outros exemplos). Os dois carregam no sangue o ‘ianque’, o arquétipo de John Wayne, que não exitava um segundo em assassinar um índio e após o crime corria o mundo dizendo que o autóctone queria seu escaupulo.
Os dois querem o mesmo, tirar o seu sangue, o meu sangue, o sangue do mundo se for preciso para solucionar seus problemas internos. E problema interno para os americanos e para o estado americano é continuar com sua imagem publicitária de grande nação das oportunidades, (a nação do grande sonho humano, poder, ter, ser maior, ser melhor). Uma nação eugênica e supremata. De pele branca, eurocêntrica, que não pensa duas vezes em destruir uma outra nação para apropriar-lhes de seus recursos. Sanders era o menos pior (apesar de também engajado no establishment), porém era o candidato mais próximo da consciência. E em matéria de ‘sonho americano’ eles não conseguem resolver o problema de Detroit, uma cidade que já foi o ícone deste ‘sonho americano’ e hoje se queda falida, sua população na miséria e sem perspectiva de melhora (não existe interesse no capital na melhora do idh na cidade de Detroit). Este é o sonho americano que eles vendem sem proporções e 99% da população mundial compra. Investem muito nesta propaganda/logística/ação toda para que o retorno seja uma micharia.
Sintetizando o que diziamos no começo, Donald quer expulsar os imigrantes dos eua porque irá precisar deles em seus paises de origem -ou não- (terceiro mundo) como mão de obra barata e Clinton precisará destes imigrantes para trabalhar na industria de material bélico, ou substituir americanos em subempregos para que estes trabalhem nestas industrias.
Não custa lembrar que o movimento migratório serve para regular o fator capital/trabalho, ou especificando, o mercado de trabalho/reivindicação salarial, e como o desemprego nos EUA tende a aumentar, é óbvio que a migração estadunidense comece a caçar os imigrantes e a deporta-los. Porém, quando/e/se a mão de obra nos EUA votar a ter escassez e a pressão por salários aumentar, eles promoverão a imigração para os EUA novamente (a trabalho) acenando com a bendeirinha da terra prometida, funcionando o “movimento migratório” como uma torneira reguladora de salários, mais mão de obra menos salários ou salários mais baixos. É assim que funciona na economia de mercado.
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No Brasil, entre empresários, políticos, mídia e outros, é fácil entender quem prefere (ou apóia) Clinton ou Donald (pelo discurso na mídia brasileira):
Quem apóia a industria armamentista e a liberação de armas no pais e a beligerancia entre Brasil e a Améria Latina (prefere Clinton).
Quem luta pela destruição da industria da construção brasileira, facilitando assim a entrada de grupos construtores gringos no Brasil (prefere Trump).
QUAL DOS DOIS VOCÊ PREFERE ???
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PORQUE DONALD ?
Estadunidenses sabem que precisam da China (maior detentor da divida publica dos EUA) e da Russia para erguerem sua economia. Por isso o elegeram.
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