Não considero esporte, corridas de veículos automotivos ou com tração animal, já sei, la vem as pedradas novamente. Tentarei explicar. Corridas de automóveis, caminhões, cavalos, lanchas, motos, enfim, tudo que se move propulsionado por um motor, turbina, ou tração animal, não depende de preparo físico como nos querem fazer entender. Basta seu piloto ou outro subir, concentrar-se, ligar e arrancar. Que preparo é requerido para ser considerado esporte?
Numa corrida de fórmula 1, são gastos em média por equipe 200.000 litros de gasolina a cada ano, supondo que 20 equipes comecem e as mesmas 20 equipes terminem o campeonato, daria um gasto de 4.000.000 de litros de gasolina em média por temporada. 4.000.000 de litros de combustível fóssil sendo queimados todo ano. Quem mais lucraria com esta queima absurda de combustível todos os anos? De imediato, as equipes de fórmula 1, os produtores dos carros, os patrocinadores, as emissoras de TV que transmitem as corridas e outros envolvidos direta e indiretamente.
Primeiramente, estes beneficiados deveriam ser taxados e obrigados a pagar créditos em carbono, devido a poluição que causam.
As pessoas que não gostam de corridas, não podem pagar por algo que apenas uns poucos gostam. Em dia de corrida quantas pessoas assistem? É a totalidade da população?
Acredito ser um abuso pagar por uma poluição, sendo que não acredito que estas corridas sejam um esporte.
Os defensores dizem que as experiências das pistas são utilizadas nas ruas, que a indústria automobilística se beneficia das corridas. Mas quem anda a mais de 300 km por hora nas ruas? Quem anda com um carro com apenas alguns centímetros de altura do chão? Quem compra um carro que caiba apenas uma pessoa? Quem ao menos compraria um carro que, para se dar a partida, precisa que o motor esteja quente primeiro?
Quem ganha mesmo são as fábricas de motores com a propaganda criadas, diretas ou indiretamente, os pilotos contratados a ouro e as equipes com a propaganda de suas marcas, suas boutiques.
Algo semelhante, acontece com a indústria das joias. Se pararmos para pensar como é extraído o vil metal do seio da mãe terra?
Atualmente, acontece na América do Norte, uma corrida ensandecida pela busca do vil metal, até reality shows são realizados para confirmar quem mais vilipendia a grande mãe. Foi a época que garimpeiros chegavam com suas bateias e garimpavam pelo rio afora, hoje, eles chegam com tratores, uma mineradora completa desmontável, utilizam a água dos rios para lavar toneladas e mais toneladas de cascalho, todo este esforço descomunal para tirarem algumas gramas de ouro por dia, visam apenas o custo/beneficio. Destroem dezenas de hectares de matas e barrancas em sua busca frenética, e ainda acham isso engraçado, acreditam que estão contribuindo para o bem da nação, quando saem do local é só destruição, os rios ficam todos assoreados devidos a quantidade de terra e pedras jogadas ao leito, emporcalham águas límpidas com mercúrio, uma devastação que não tem tamanho, uma sujeira que não tem classificação, matam animais, árvores, tudo. Tudo em nome da manutenção deste sistema que, via de regra, está a destruir o planeta.
Ao final, o consumidor compra um brinco/anel/pulseira para presentes. As vezes compra-se joias, ou mesmo o ouro bruto, com a desculpa que é um grande investimento. Ainda se tem a ideia que toda a cédula impressa tinha que ter um equivalente em ouro nos tesouros nacionais (lastro). Uma grande balela encravada no inconsciente coletivo, se os tesouros nacionais valorizavam o metal amarelo e o utilizava como parâmetro, ou paradigma como preferem alguns, também temos que terlo para mostrar status.
O ouro, que outrora foi considerado o grande lastro do capital, teve seu conceito alterado. Foi a época que, para imprimir cédulas, os tesouros nacionais precisavam ter um lastro, um equivalente em ouro. Hoje, o capitalismo mudou seu conceito e o velho ouro como lastro foi substituído por outro lastro conceitual, as commodities são uma espécie de lastro, a informação é uma espécie de lastro, como podemos pensar, o lastro hoje em dia é mais propenso ao imaterial, são contratos, tratos, atos, palavras, informações, dados, o intelectual.
Um exemplo conhecido, hoje em dia a China é a maior detentora da dívida externa dos EUA, esta dívida ultrapassa aos 8 trilhões de dólares. O valor do teto da dívida externa publica dos EUA beira aos 17 trilhões de dólares. Nos levando a pensar se o valor da dívida externa estadunidense para com a China não seria bem maior.
Isso significa que foram transferidos o valor em onças do vil metal para China ou outros países credores? Não.
Tudo são intenções e contratos. Se os EUA declararem moratória e afirmarem que não pagarão sua dívida, é decretado uma espécie de falência internacional.
No século passado, quando um país qualquer pedia empréstimos ao FMI, BID, BM, etc, os valores provavelmente viriam em espécie, ou no abatimento de alguma dívida ou juros, ou ao serviço da dívida.
Amazônia; Existem dois grupos de devastadores da floresta amazônica. Um que desmata, neste caso, eles tiram madeiras nobres e mandam para outros países, (a burguesia adora mogno), o que sobra fora as madeiras consideradas por eles de nobres, é queimado. Após a incineração de flora e fauna, vem os grileiros (estes com cobertura de instituições, por este motivo, o produto de suas atividades entra normalmente no pais) com seu gado de corte. Veja bem, neste caso os grupos que fazem parte do processo anterior descrito não recebem em espécie, são ordens de pagamento, depósitos feitos em contas em bancos de paraísos fiscais, (paraísos para eles), estes paraísos têm que ser super seguros e extremamente confiáveis para quem investe, por este motivo é tão difícil repatriar valores ilegais depositados nestas contas, nestas ilhas paradisíacas de bandidos, ninguém tem acesso aos dados. Existe também a possibilidade deste dinheiro entrar em especie no pais e após serem lavados, (através de algumas igrejas, times de futebol, jogos em geral, algumas empresas de cambio, e outros) são depositados legalmente em bancos.
Como a segurança física destas ilhas é quase inexistente, onde o leitor pensa que o ‘‘lastro’’ destes depósitos estão confinados? É só pensar um pouco.
Ate o momento, falamos sobre grandes atividades poluentes, milhões de toneladas de dióxido de carbono jogados na atmosfera pelas corridas automotivas, queimadas em florestas no mundo todo para venda de madeira “nobre” e criação de bois. Porem, existe uma atividade que está fazendo com que o sistema destrua e polua cada vez mais, em ritmo geométrico – sendo sua atividade no solo – com soldados dedicados e alucinados: A mineração legal ou clandestina. Milhares de empreiteiros saem todos os dias a procura do vil e outros metais, estes metais se destinam a várias regiões do planeta, a maior parte deles (no caso do aço, alumínio,cobre, titânio, etc) tem como destino a China, EUA, Itália, Rússia, Inglaterra, Alemanha, França, Israel, Espanha, Japão, Coreia do Sul e Índia.
Leia também: https://radioproletario.wordpress.com/2015/04/03/arabia-saudita-o-maior-poder-militar-armado-no-golfo/
As armas da guerra: Alguém já se perguntou de onde vem as armas e munições utilizadas nas guerras regionais ou nacionais atuais?
Abaixo daremos algumas informações sobre os maiores produtores e exportadores de material bélico do planeta, desta forma o leitor terá uma clara ideia, do que e como compradores fazem com os minérios que compram de países como o Brasil:
*Estados Unidos; 29% por cento de todo material bélico exportado no planeta.
*Rússia; Curiosamente não se tem dados percentuais efetivos da exportação russa de armas de guerra, só sabemos que ela se encontra em segundo lugar deste ranking maldito. A Índia compra 38% de toda a produção Russa de armas.
*Alemanha; 7% de todas as armas exportadas.
*China; 6%, a China envia seu funesto produto para, Paquistão (47%), Bangladesh (13%) e Myanmar (9%).
*França; 5%
*Reino Unido; 4%
*Espanha; 3%
*Itália; 3%
*Israel; 2%
*Brasil; Exporta aviões para treinamento militar.
Esta é para se tirar conclusões: O que mais polui, e para onde vai valores e o produto desta poluição?
O Brasil, Africa e outros, não são inocentes nas atividades bélicas ao redor do globo, é de nossas jazidas que provem parte do aço utilizados em armas. De inicio teríamos que rastrear os minérios que saem do solo nacional, um rastreamento sério, de onde/para onde/qual manufaturado final/objetivos, não sejamos hipócritas ao pensar que não temos culpa no atual estagio de flagelo humano.
Temos parte sim nas guerras imperialistas que sucumbem o planeta e para tentar que sejamos levados a sério e sejamos considerados humanos aos olhos de tantas nações que sofrem, teríamos que mudar completamente a forma de comercializarmos nossa matéria prima. É simples, quem compra a matéria prima é quem manufatura? Então que deixe claro seus propósitos sobre o produto final.
Esta é uma posição imediata, até a destruição do regime burgues de produção e dominação.
Pelo fim do sistema burguês de produção e dominação
[…] *Corrida de formula 1, ouro, mogno, poluição. Tudo isso está entrelaçado – Por villor… 21 de março de 2015 […]
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